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Fibromialgia é Deficiência? O Que Muda com a Lei 15.176/2025 e Como Isso Afeta Seus Benefícios do INSS

  • ribeirotorbes
  • há 10 minutos
  • 4 min de leitura

Se você vive com dores constantes, cansaço extremo, dificuldade de concentração e já ouviu frases como “isso é frescura”, “seu exame está normal” ou “não aparece no raio X”, saiba: a sua dor finalmente foi reconhecida por lei.

A Lei 15.176/2025 declara que a fibromialgia passa a ser tratada como deficiência.Mas — e aqui está o ponto que o INSS não vai te contar — isso só vale a partir de janeiro de 2026 e não é automático.

Neste artigo, como advogado previdenciário, eu vou te explicar:

  • O que realmente mudou na aposentadoria e nos benefícios do INSS;

  • O “pulo do gato” escondido na lei;

  • Como se preparar para não ter seu pedido negado;

  • Quais direitos você pode conquistar com essa nova classificação.

Prepare-se: o conhecimento certo pode mudar sua vida — e seu futuro no INSS.


O que diz a Lei 15.176/2025: fibromialgia agora é deficiência

A lei determina expressamente que:

Laudos de fibromialgia passam a ser equiparados à deficiência para fins de análise de direitos previdenciários e assistenciais.

Isso significa que a pessoa deixa de ser tratada como alguém com “apenas dor” e passa a ter proteção legal igual à da pessoa com deficiência, com acesso a benefícios antes muito difíceis de conseguir.

Essa é uma vitória histórica — mas não basta ter o diagnóstico.


A verdade que ninguém conta: o diagnóstico não garante o benefício

Muita gente está comemorando achando que:

✔️ “Tenho laudo de fibromialgia → já sou considerada pessoa com deficiência.”❌ Errado.

A Lei 15.176 traz um requisito obrigatório:


Avaliação biopsicossocial

Esse é o ponto que define sua aprovação ou sua negativa.

O INSS quer saber:

  • Como a fibromialgia afeta sua vida diária?

  • Quais barreiras a doença cria no seu trabalho?

  • A dor e o cansaço impedem você de participar da sociedade em igualdade?

  • O nevoeiro mental compromete sua concentração?

  • Os remédios fortes prejudicam sua segurança no trabalho?

👉 Em outras palavras: não basta provar a doença — você precisa provar o impacto da doença.

Se você chegar na perícia dizendo apenas “sinto dor”, a negativa é quase certa.


Quais direitos você pode conquistar com a nova lei?

A seguir, os principais benefícios que passam a ficar muito mais acessíveis com a classificação da fibromialgia como deficiência:


1. BPC/LOAS facilitado

Se você tem baixa renda e a fibromialgia impede você de trabalhar, a lei tende a abrir caminho para a concessão do BPC.

Antes, muitos peritos negavam por entender que fibromialgia não era deficiência. Agora a lei derruba esse argumento.


2. Aposentadoria por invalidez

Se a fibromialgia é grave a ponto de incapacitar totalmente, o caminho para a aposentadoria por incapacidade permanente fica muito mais claro.

Laudos bem feitos fazem toda a diferença.


3. Aposentadoria da pessoa com deficiência (a joia da coroa)

Esse é o benefício mais vantajoso e o menos conhecido.

Com a nova lei, você pode:

  • Reduzir o tempo de contribuição;

  • Reduzir a idade mínima;

  • Receber um benefício mais alto, sem fator previdenciário.

Exemplo:Mulher com deficiência grave pode se aposentar com 55 anos — e sem redução de valor.

Além disso, a pessoa com deficiência também tem direito a:

  • Vagas preferenciais;

  • Prioridade em filas;

  • Isenção de IPI e ICMS na compra de veículo.


A lei só começa a valer em 2026. O que você deve fazer até lá?

Essa é a parte mais importante.

1. Montar seu “dossiê da dor”

Você deve reunir um conjunto de provas que demonstrem:

  • Limitações funcionais;

  • Impacto no trabalho;

  • Riscos no ambiente laboral;

  • Sintomas persistentes.

O laudo correto deve incluir:

  • Dor incapacitante;

  • Rigidez matinal;

  • Alterações cognitivas (nevoeiro mental);

  • Crises de fadiga intensa;

  • Efeitos colaterais de medicamentos.

2. Juntar laudos antigos

Isso prova que o quadro é crônico e dá mais segurança ao perito.

3. Guardar receitas de medicamentos controlados

Datadas, assinadas e coerentes com o quadro clínico.

4. Incluir relatórios de psicólogo ou psiquiatra

A depressão é extremamente comum em pacientes com fibromialgia e ajuda a comprovar a limitação biopsicossocial.


Por que você deve começar a se preparar agora?

Porque o INSS analisa papéis, não sentimentos.

O sistema é frio.A lei favorece você? Sim.Mas só se você provar corretamente.

Quem esperar 2026 para começar a organizar tudo vai estar atrasado — e provavelmente vai receber uma negativa.


Conclusão: sua dor agora tem reconhecimento legal, mas você precisa transformar esse direito em realidade

A Lei 15.176/2025 representa respeito, reconhecimento e dignidade para quem convive com a fibromialgia.Mas não é automática, e o caminho até o benefício exige técnica, estratégia e documentação perfeita.

Como advogado previdenciário, minha orientação é clara:

➡️ Não tente adivinhar. Não vá sozinha.➡️ Procure um profissional especializado para analisar seu caso, seus laudos e seus direitos.

Com orientação correta, você pode finalmente conquistar:

  • Seu benefício

  • Sua estabilidade financeira

  • Seu reconhecimento como pessoa com deficiência

E o mais importante: o respeito que sua dor merece.


FAQ – Perguntas Frequentes sobre Fibromialgia e a Lei 15.176/2025

1. A fibromialgia já é considerada deficiência hoje?

Sim, mas os efeitos práticos só começam em janeiro de 2026.

2. Basta ter o diagnóstico para conseguir um benefício?

Não. Você precisa demonstrar as limitações biopsicossociais, não apenas a doença.

3. Posso pedir aposentadoria por invalidez com fibromialgia?

Sim, se houver incapacidade total comprovada.

4. Vale a pena pedir aposentadoria da pessoa com deficiência?

Para muitos casos, sim — é a aposentadoria mais vantajosa prevista em lei.

5. O que fazer agora, antes da lei entrar em vigor?

Montar seu dossiê da dor e preparar provas consistentes de limitação.


Se você tem fibromialgia e quer entender qual benefício é o melhor para o seu caso, ou como se preparar sem risco de negativa:

👉 Fale com um advogado previdenciário especializado.Uma análise técnica pode ser a diferença entre ter o benefício aprovado — ou negado.

 
 
 

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